No dia em que tu nasceste havia muito sol. Foi um dia longo, cansativo, e nós só te conhecemos com as primeiras brisas de um dia alegre de Inverno.
Foi no dia de Reis te conhecemos, princesa. Curioso como a mamã sempre gostou deste dia e agora tem mais do que motivos para este ser um dia muito especial. Tudo começou no dia anterior, o mano e o papá muito doentes (gripe, faringite?) e a mamã com exames e a ver se não adoecia. Ainda fizemos 3 exames mas depois a mamã ficou também com febre e foi à urgência para ver se estava tudo bem contigo. Sabíamos que já havia alguma dilatação e também que já se contavam 38 semanas. Queríamos ter a certeza que estavas bem, voltaríamos para casa para cuidar do papá e do mano e fazer os restantes exames. Mas a mamã continuava com febre e tiveram medo que fosse prejudicial para ti. Por isso iniciamos a indução do parto por volta da meia-noite. Não havia mais ninguém no bloco de partos... estávamos só os três: tu, a mamã e o papá. Nenhum bebé quis nascer naquela altura. E eis que após uma noite algo sofrida (pela mamã e pelo papá que estava muito, muito doente) nasceste tu às 8h48. Choraste logo, com muita força, eras grande e bonita. Pesavas 2880g e medias 50 cm; tinhas muito cabelo escuro e uns lindos olhos azulados e rasgados, muito orientais. O papá cortou o cordão umbilical e diz que a mamã se portou muito bem. Ele também. E passadas 48 horas, algumas análises, umas horas de fototerapia, as visitas dos avós, o mano sem melhorar e o papá a piorar, voltámos para casa.
Trouxemos connosco uma bebé linda, com uma tranquilidade inexplicável. O mano adorou conhecer-te. Tens as bochechas cheiinhas de beijinhos e já levaste uns valentes apertões com tantos abraços. E agora chama-te maninha e preocupa-se com o teu leitinho.
Os papás estão muuuiiiito felizes por te ter nos braços!
